O crescimento vertiginoso das informações técnicas gerou na ciência médica a necessidade da criação de especialidades. Em certas áreas, surgiram super especialistas, e o ser humano passou a ser dividido em um gigantesco quebra-cabeças, no qual cada conjunto de peças passa a ser tratado por um médico específico.
Isso dificulta ao leigo a busca do especialista correto, resultando um rodízio interminável de consultas a diferentes médicos.
Quando você lida com seres humanos, centrar o foco da consulta em um órgão ou aparelho isoladamente é inadequado. É fundamental manter a visão global do paciente, já que, principalmente, na terceira idade, fica difícil de identificar se os sintomas decorrem de problemas clínicos ou emocionais. Além do que é muito importante conhecer toda sua história dentro do contexto familiar.
Dedicar tempo ao doente, estar receptivo às suas queixas, e fazer um bom exame físico, torna possível diagnosticar dos males mais simples aos mais complexos.
É iminente, portanto, a necessidade da conscientização de mudanças em tal mentalidade. A valorização do especialista é necessária, mas se torna imprescindível a revalorização da figura do médico de família.
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